DESTINO
No pelourinho invisível da vida eu vou provando os açoites cruéis e vão jorrando na face sofrida lágrimas frias que enchem tonéis. O nefasto destino traçado na areia do amplo deserto disperso no mundo, sigo rastejando qual uma serpente comendo a poeira do solo infecundo. Às margens de um fio de água escura, no visgo impuro de um pântano vil. Bocejo de amor que em ti eu procuro, fazendo das quedas o próprio covil. A dança mais torpe dos frios delírios faz-se em suspiros carentes de amor, olho ao redor e a paz eu aspiro porém, só absorvo o suco da dor. Pensei encontrar nas faces rosadas de ti meu amado, o meu paraíso, mas vejo minha alma tão só e cansada, andando nas trevas como um fugitivo. Assim seguirei pelas enxurradas, de forte trovoada que enleia meus passos. Rirei do fracasso e irei pela estrada buscando a paz e o amor em teus braços. (imagem do Google) Bryzza
Enviado por Bryzza em 03/03/2011
Alterado em 29/04/2012 |