FÁBULA – O JABUTI E A LIBÉLULA
Sobre a placidez de uma lagoa sobrevoava com a leveza peculiar uma formosa Libélula. Transparente e esvoaçante pousava fugazmente nas translúcidas e serenas águas. Na orla da lagoa um Jabuti observava os movimentos instigantes da Libélula e uma seta de inveja atingiu-lhe. O Jabuti pôs-se a comparar seu rústico perfil com o da encantadora Libélula e resmungava: - Quem me dera voar livremente por aí, fazer piruetas no ar, brincar nas águas da lagoa como essa Libélula, mas com este casco que carrego, mal consigo caminhar pelo chão. O lindo inseto aproximou-se do Jabuti e disse-lhe: - Olá Jabuti, está com algum problema? Carrancudo o Jabuti encarou a Libélula dizendo: - Problema eu? Nenhum. Porque perguntas? - Porque você me parece descontente, está com a cara enfezada e falando sozinho. - Eu falando sozinho? Estás ouvindo demais. - Jabuti, se não quer desabafar eu entendo, mas não se faça de desentendido. O Jabuti que estava azedo pelo sentimento de inveja ficou furioso com o rumo da conversa e esbravejou: - Escuta aqui, senhorita Libélula, és muito atrevida. Estou quietinho no meu canto e vens fazer-me insinuações. Desconcertada a Libélula intervém: - Desculpe-me Jabuti eu só queria ajudá-lo. - Eu não preciso de ajuda, por favor, me deixe em paz. Decepcionada com a grosseria do Jabuti a Libélula alçou vôo e prosseguiu seu balé sobre a lagoa. O Jabuti virou as costas e vagarosamente escondeu-se no capinzal pra não ter que assistir ao espetáculo da Libélula. Encolheu-se todo sob seu duro casco e lá ficou petrificado mordendo-se de inveja das habilidades da Libélula.
MORAL DA HISTÓRIA: A INVEJA MALTRATA QUEM A SENTE.
(imagens do Google - montagem)
Bryzza
Enviado por Bryzza em 04/01/2013
Alterado em 04/01/2013 |