"PRECE ÀS ÁGUAS"
Ó colossais rios de águas mansas, rósea criança a brincar contente. Óh! quanta paz e quanta bonança, que estampa em sua corrente. Pombos em bandos voam sobre as águas, como penosos por sentida mágoa, quais lenços mornos enxugando o pranto, de vãos lamentos de um desencanto. Que importa à alma cheia de poesia se algum dia alguém a feriu? A veste tosca da melancolia é que esconde seu real perfil... Águas rolantes num murmúrio triste, que não resiste o apaixonado, de relembrar velhas ilusões, cujos botões o tornou frustrado. A muda queixa que reclama o peito, pelo despeito que amarga os dias, quer que as águas que vão para os mares, levem os penares e deixem alegrias. Ó colossais rios de águas mansas, levem esta ânsia que me faz sofrer, levem o martírio, o meu padecer e tragam-me rios de esperanças... (imagem do google) Bryzza
Enviado por Bryzza em 18/07/2007
Alterado em 19/04/2012 |