ANDARILHO Subindo os montes, descendo as serras, de plaga em plaga, percorre a terra, anda sem rumo não tem destino, tem o sereno como agasalho, como sapatos tem o orvalho, essa é a rotina do andarilho. A face rubra com o calor, em abundância escorre o suor, vai ofegante e tão sedento, os pés cansados da caminhada, andam ligeiros pelas estradas e a cabeleira se agita ao vento. Olhos perdidos na terra imensa, todos indagam: que é que pensa? porque é que vive sempre a andar? Anda sem rumo não tem destino, não tem um lar é um andarilho, e sua vida é só caminhar... Quando ele passa provoca o riso, dizem zombando: é um sem juízo, é um demente, perdeu a razão, outros dotados de caridade, ao ver a sua infelicidade, ficam movidos de compaixão. E vai vagando e nunca para, às vezes passa ninguém repara, ninguém pergunta onde quer chegar e segue a terra percorrendo, montes subindo, serras descendo, é o andarilho a caminhar. (imagem do google) Bryzza
Enviado por Bryzza em 15/08/2007
Alterado em 28/04/2012 |